A viscoterapia é uma terapia complementar para o tratamento oncológico, que utiliza os extratos de uma planta européia chamada Viscum album (conhecida também por Mistletoe, em inglês). Seu uso foi recomendado inicialmente por Rudolph Steiner em 1920 e a primeira médica alemã a aplicar e iniciar os estudos sobre a planta foi Ita Wegman, em seu próprio instituto, conhecido hoje como Arleshein Clinic, na Suíça, que segue os preceitos antroposóficos de tratamento médico. Desde então, estudos em diversos centros de saúde seguem sendo feitos mundialmente, comprovando sua eficácia e sua efetividade em controle de tumores tanto em humanos quanto em animais.
O Viscum album é uma planta semi-parasita que cresce em diversas árvores hospedeiras, sendo as mais comuns a macieira (mali) e coníferas (pini e abietis). O extrato, preparado de forma específica, utiliza todas as partes da planta e apresenta potencial anti-tumoral pela ação das viscotoxinas, viscoleucinas e outros componentes. Seu uso apresenta relatos desde os celtas, gregos e romanos, sempre associado ao amor, vitalidade, fertilidade, ou mesmo como uma planta mágica. Algumas tradições seguem até hoje, como o beijo sob a planta na época de Natal, simbolizando o amor entre casais.
Os estudos mostram que os extratos de Viscum album apresentam ação sobre o sistema imune, fazendo com que as próprias células inflamatórias reconheçam e destruam as células tumorais, além da ação direta das viscotoxinas sobre as células tumorais, levando a morte celular (apoptose). Outros mecanismos de ação estão sendo investigados, como a sua capacidade de reduzir a vascularização tumoral e alterar o ambiente de crescimento tumoral. Há também evidências consistentes de sua ação em reduzir os efeitos colaterais dos tratamentos de quimioterapia e radioterapia, melhorando sintomas como fadiga e náuseas. Seu uso como tratamento paliativo também se mostra eficaz, melhorando significativamente a qualidade de vida.
A administração disponível no Brasil é subcutânea, realizada 2 a 3 vezes por semana, segundo orientação médica. Espera-se que ocorra uma reação local controlada. A dosagem, frequência e duração do tratamento variam dependendo de diversos fatores, como por exemplo:
É obrigatória orientação, prescrição e acompanhamento médico para uso da viscoterapia.
Todos os pacientes com câncer podem ser tratados com a viscoterapia, juntamente com seu tratamento convencional. Uma avaliação médica é necessária para verificação do tumor e qual o tipo (árvore hospedeira) do extrato e dose será aplicado. Pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico, pré e pós cirurgia oncológica são elegíveis para a viscoterapia e apresentam benefícios na combinação das terapias. Pacientes com cânceres avançados, em tratamentos paliativos, são muito beneficiados com a viscoterapia, com melhora na sua qualidade de vida. Importante: trata-se de uma terapia complementar aos tratamentos convencionais. Todos os protocolos oncológicos são seguidos e mantidos durante a viscoterapia. Exames e acompanhamento médico frequentes garantem a segurança do seu uso.
A qualquer momento. As evidências mostram mais benefícios quanto antes iniciar o tratamento, no entanto, resultados consistentes são descritos em qualquer momento da associação ao tratamento oncológico, seja durante a quimioterapia, radioterapia, ou mesmo para prevenir recidivas nos pacientes em remissão. Seu uso nos cuidados paliativos também é efetivo, com resultados positivos na sobrevida e melhora da qualidade de vida.
As formulações da Helixor e Iscador estão disponíveis para uso subcutâneo no Brasil. A viscoterapia também é reconhecida e faz parte das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) do SUS:
“(…)Viscum album, que é usado por 27% dos pacientes oncológicos na Alemanha, são as práticas integrativas mais indicadas. Sabe-se que o Viscum, medicamento natural, aumenta a tolerância do corpo ao quimioterápico, evitando que haja uma queda comum de leucócitos no nono dia da quimioterapia. Desta forma o paciente consegue terminar o ciclo sem falha. Além disso, esse fitoterápico é usado para reduzir tumores.” – em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2018/marco/praticas-integrativas-auxiliam-no-tratamento-contra-o-cancer
Sim, vários. Um estudo fase I em segurança e toxicidade do extrato de Viscum album da Helixor e possíveis interações com quimioterápicos foi realizado no “National Center for Complementary and Integrative Medicine (NIH)” (https://www.cancer.gov/about-cancer/treatment/cam/patient/mistletoe-pdq) em pacientes com tumores avançados. Provou-se boa tolerância sem limite de dose ou efeitos na quimioterapia vigente. Um recente ensaio clínico fase I, em andamento na “Johns Hopkins School of Medicine” suporta os achados anteriores. Muitos outros casos publicados demonstram sua eficácia e segurança.
Não. Os estudos demonstram segurança na associação da viscoterapia com tratamentos quimioterápicos, radioterapia, hormônios, imunoterapia ou terapias-alvo. Seu uso pode até reduzir alguns efeitos indesejáveis dessas terapias, aumentando a adesão ao tratamento.
Poucas. Pacientes com quadros febris decorrentes de infecções ou sepse, tuberculose ativa, erisipela e Leucemia aguda. Pacientes com doenças autoimunes devem passar por avaliação e acompanhamento médico. Tumores cerebrais ou associados a ducto biliar e uretra são cuidadosamente avaliados para assegurar e avaliar o risco de edema e obstrução.
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